Tempos que se renovam, mas... sons que ficam

Tempos que se renovam, mas... sons que ficam

domingo, 15 de abril de 2007

A nossa história - E também... (Parte III)

Gostaríamos de mencionar elementos que asseguraram a animação e a vivacidade dos nossos espectáculos, tornando-os muito mais agradáveis: a São, a Nené, a Isabel, o Carzé, o Candimba e muitos outros que tiveram boas prestações tanto na dança como no apoio e na ajuda, colorindo várias músicas com os seus belos bailados inspirados no Elenco Artísticos das Mulatinhas de Angola.
E o nosso público...?
Estufa dos Anjos, Restauradores no 69, Salão do Clube Desportivo dos Fanqueiros, Restaurante do Sr. Ribeiro na Cave do Cinema na Costa de Caparica, Cave S. José, Pavilhão de Paço d'Arcos, Pavilhão de Cascais, Bombeiros de Oeiras, Clube Recreativo "Os Carecas" de Oeiras, Coliseu dos Recreios de Lisboa e Porto...
O nosso público sempre foi a nossa companhia, a nossa família e, sempre unidos, eles é que nos deram a alma para o nosso sucesso. Bem hajam!

A nossa história - Por detrás do palco (Parte II)

Um espectáculo nunca se faz apenas com aqueles que tocam, mas sim com um elenco organizado de pessoas interessadas e responsáveis. Felizmente, o conjunto África Tentação teve a sorte de contar com a participação integrante de elementos por detrás do palco, sem os quais o trabalho da banda não teria existido.

O Fernando Silva, sempre sereno e metódico, com o seu ar tranquilo organizava toda a logística do África Tentação; o Naldo, irmão do Zé Morais, também chamado algumas vezes a interpretar alguns temas em ritmo. Pouca experiência mas muita determinação e sempre presente nos bastidores; o Fafico Inácio e Nandinho Inácio também foram parte integrante do grupo, trabalhando na logística e assegurando a segurança dos músicos do conjunto; o Paulo Ferreira, que com grandes réplicas e convicção deu o seu apoio, ora na percussão, ora na companhia, dando segurança e confiança a todo o grupo com o seu ar respeitável e com a sua personalidade; o Fernandinho, que foi um dos primeiros músicos da banda, ajudou com coragem na execução de alguns trabalhos musicais, mas acabou por ceder o seu lugar devido a ter mudado de cidade.

Foi com a ajuda preciosa de alguns destes elementos que pudémos interpretar a nossa música "tentadora", tal como foi caracterizada após o espectáculo na Ericeira, em 1976, e que inspirou o nome do nosso grupo: África Tentação.

A nossa história - Os elementos (Parte I)

O conjunto África Tentação foi criado em 1977, com um projecto elaborado por dois dos seus fundadores, José Paulo Serrão e Joka Serrão, na construção de temas musicais com raízes de origem na sua terra, mais propriamente a região de Bailundo, Angola.
Com o arranque deste projecto, o conjunto formou-se com alguns elementos inicialmente, tendo-se mais tarde completado com os restantes intérpretes.

Falando deles: o Henrique, na bateria, com boas marcações rítmicas; o "Sofia" (Mário Bernardo de seu nome), que com a sua intuição genuína caracterizou alguns temas (Autocarro 45, Sofia Rosa, Deixa-me Sofrer, Garina...) e também como percussionista e trompetista contribuiu para uma grande dinâmica musical; o Freitas, baterista de Sá da Bandeira, "Huila", que nos cativou com a sua grande experiência, tendo pouco tempo depois e por motivos de mudança de país cedido o seu lugar ao Henrique; o Zé Morais, talvez o mais novo do grupo, que com a sua ambição de novas descobertas conseguiu impor com a sua viola-baixo técnicas de andamento que ainda hoje são utilizadas por muitos grupos musicais; o Joka, guitarra-ritmo, empenhado em transportar para a Europa a mãozada rítmica genuína da sua região de origem. "Mas que grande balanço provocava nas músicas!", exclamava-se por vezes na assistência; o Zé Paulo, director artístico e compositor do grupo, segundo guitarra, levava sempre a bom porto todas as suas ideias e ambições caracterizadas pela sua forte personalidade; o Botto, ora simpático ora carrancudo, movimentava nas teclas passos de dança fantasiados pelo seu carácter de músico e compositor lírico por vezes irreverente, e proporcionava boas malhas de improvisos; o Jaime Inácio ("Bolinhas"), com o seu porte atlético, punha ordem nas entradas das salas de espectáculos, transmitindo ao público grande confiança e segurança. Foi também um grande executante de congas, tendo mesmo gravado em estúdio alguns trabalhos da banda; o Nelo Carvalho integrou bem o África Tentação com grande poder imaginativo e de forma versátil definiu várias interpretações, dando-lhes voz com grande dinamismo e força; e o Nando Quental, cuja voz tímida escondia um imenso talento que se revelou em grandes êxitos.
Henrique


Mário Bernardo ("Sofia")


Zé Morais






Nelo Carvalho






Botto





José Paulo




Jaime Inácio ("Bolinhas")